O que está por trás dos superalimentos? Comida saudável ou mudança publicitária: opinião do médico

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Superalimentos são alimentos ricos em nutrientes: vitaminas, gorduras ou compostos biologicamente ativos. Um efeito positivo no corpo humano foi cientificamente testado em condições laboratoriais padrão.

No entanto, até que ponto esses resultados podem realmente ser transferidos para a vida diária de uma pessoa permanece duvidosa. A razão para isso são as condições de laboratório, que também incluem experimentos com animais e altas doses. A indústria alimentícia gosta de usar o termo "superalimento" para fins de marketing. Mas quão verdadeira é a alegação de que os "superalimentos" ajudam em doenças sérias?

O termo "superalimento" começou a ser usado no início do século XX para se referir a alimentos de alto valor nutritivo.

Uma explicação oficial ou legalmente precisa do termo não existe.

De acordo com o Dicionário de Oxford, o superalimento é um alimento rico em nutrientes que é bom para sua saúde.

A ideia dos superalimentos ganhou popularidade no início do século XXI. A mídia estava cheia de notícias sobre alimentos "ultra-nutritivos": de mirtilos, beterrabas ao cacau e salmão. Os cientistas ainda afirmam que consumir esses alimentos ajuda a combater doenças e o processo de envelhecimento. No entanto, essas declarações podem ser confiáveis?

O foco atual nos superalimentos provavelmente será alimentado pelo crescente interesse público em alimentos e saúde, especialmente nos países desenvolvidos. O termo foi introduzido no início do século XX, embora só recentemente tenha se tornado popular.

Qual é a evidência de sua utilidade?

Para distinguir entre fatos e publicidade na mídia, é importante estudar cuidadosamente os dados científicos.

Os superalimentos mais populares e famosos são os mirtilos, açaí, romã, cacau e salmão.

Mirtilos são caracterizados por uma alta concentração de um determinado grupo de antioxidantesprincipalmente "antocianinas". Eles matam células de câncer de cólon em humanos. Mirtilos também são ricos em outros antioxidantes e ajudam a prevenir a doença de Alzheimer.

Antioxidantes são moléculas que protegem as células do corpo contra os radicais livres nocivos. Os radicais livres “vêm” da fumaça do cigarro e do álcool, mas também ocorrem naturalmente no metabolismo humano.

Muitos radicais livres no organismo podem causar estresse oxidativo, que danifica as células saudáveis. Como resultado, doenças relacionadas à idade se desenvolvem - câncer, diabetes e infarto do miocárdio.

Outros alimentos que têm status de superalimento são açaí e romã. Foi demonstrado que a casca Açaí bagas têm poderosas propriedades antioxidantes. O efeito positivo foi repetidamente confirmado em estudos clínicos.

Estudos sobre suco de romã mostraram que ele pode reduzir a pressão arterial e reduzir o estresse oxidativo.

Como suco de romã beterrabas também foram declaradas "superalimentos" que são bons para o coração. Altos níveis de nitrato são convertidos pelo corpo em óxido nítrico, o que ajuda a baixar a pressão arterial.

Cacau também reduz o risco de doenças cardíacas, baixando a pressão arterial e aumentar a elasticidade dos vasos sanguíneos. O efeito protetor no coração e nos vasos sanguíneos está associado a um alto teor de flavonóides.

O salmão também está na lista dos superalimentos, porque os ácidos graxos ômega-3 ajudam a prevenir problemas cardíacos. Foi demonstrado que também pode aliviar a dor nas articulações em pacientes com artrite reumatóide.

É obrigatório comprar superalimentos ou podem ser obtidos da comida?

O efeito positivo de muitos dos produtos acima é de curta duração e pouco estudado na pesquisa.Para sentir os benefícios à saúde, os superalimentos devem ser consumidos diariamente em doses muito grandes.

O cacau na forma de chocolate, por exemplo, contém não apenas flavonóides saudáveis, mas também uma dose de “choque” de açúcar. 4-5 barras de chocolate por dia podem contribuir para o ganho de peso. A obesidade, como você sabe, é inimiga dos vasos sanguíneos e do coração.

Estudar o efeito da comida nas pessoas é uma tarefa difícil: dieta, genes e estilo de vida são diferentes de pessoa para pessoa.

Esses parâmetros dificultam a análise dos efeitos dos nutrientes na saúde. Assim, ao pesquisar os efeitos dos produtos nas pessoas, uma abordagem diferente deve ser usada. Atualmente, não existem métodos de pesquisa que ajudem com alta precisão para determinar a "utilidade" dos alimentos.

Os pesquisadores estão estudando a "utilidade" dos alimentos isoladamente de outros alimentos. Na vida cotidiana, as pessoas geralmente consomem diferentes alimentos em combinação. Portanto, o uso de um único produto para análise não reflete a dieta humana real.

Há evidências de que o uso concomitante de vários alimentos aumenta a capacidade do organismo de absorver nutrientes. O beta-caroteno (um precursor da vitamina A) encontrado na cenoura e no espinafre é mais fácil de digerir quando consumido em gordura, substâncias amargas melhoram a absorção de gorduras e os açúcares melhoram os carboidratos.

A pessoa média recebe açúcares, gorduras, vitaminas e proteínas de 2-3 porções de comida. Em média, a comida humana contém mais de 500 substâncias diferentes que podem afetar umas às outras. É quase impossível avaliar o impacto real de cada alimento individual.

Mesmo se os cientistas colocarem em uma célula humana e alimentá-los com alimentos específicos, não será possível revelar o efeito.

O conhecimento científico moderno não permite avaliar a real "utilidade" dos superalimentos. Portanto, os cientistas avaliam o efeito de substâncias individuais no corpo.

A utilidade dos superalimentos não foi comprovada, portanto aplicá-los em grandes doses nem sempre faz sentido. Uma dieta balanceada, incluindo vitaminas, minerais, proteínas, fibras, carboidratos e gorduras, é uma forma comprovada de prevenir doenças.

Alimentos simples apoiam a saúde tão eficazmente quanto os superalimentos!

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